Irm�os Simonal: "deixamos artistas de fora do DVD por log�stica"
Os irm?os Wilson Simoninha e Max de Castro, durante entrevista no Sonora Live
Foto: Fernando Borges/Terra
Convidados do Sonora Live desta quinta-feira (4), os irm?os Max de Castro e Wilson Simoninha afirmaram que n?o foi nada f?cil fazer a sele??o de artistas para participar da grava??o do DVD O Baile do Simonal, uma homenagem deles ao pai, Wilson Simonal. "Tinha uma ?poca em que a gente tinha de embarcar escondido no Aeroporto de Congonhas, porque l? era meio que um ponto de encontro e sempre v?amos conhecidos que poderiam vir reclamar de n?o terem sido convidados para o trabalho", brincou Max.
Com viol?o no colo, ?culos escuros e um corte de cabelo moderno - preto com uma mecha branca no topete -, ele explicou como foram escolhidos os nomes. "Fizemos uma lista com quarenta nomes. O primeiro foi Lulu Santos, que logo topou. A?, quando chegou no 20? artista, todos j? tinham topado e tivemos de deixar alguns de lado por uma quest?o de log?stica".
Era natural que um trabalho deste porte, em homenagem a um artista t?o importante para a m?sica brasileira como foi Simonal, acabaria excluindo muitos artistas importantes, mas isso tem sido compensado pelos irm?os na turn? nacional baseada no DVD, explicou Max. "Como ? um baile, a gente tem a liberdade de mudar, de n?o fazer uma apresenta??o igual ? da grava??o, n?o precisamos nos prender. Ent?o temos chamado artistas que n?o pudemos colocar no DVD, como a Preta Gil, por exemplo".
Ele contou ainda receber cobran?as de colegas preteridos no trabalho, mas sempre de forma "carinhosa". "Eu encontrei o Nasi, ex-Ira, outro dia em um est?dio, e ele veio me elogiar pela grava??o. S? fez uma ressalva: que havia faltado ele no DVD".
Alegria
Simoninha contou a felicidade que sentiu ao perceber a forma como os convidados admiravam o trabalho de seu pai. De acordo com o m?sico, diferentemente do que normalmente ocorre em trabalhos do tipo, quando cada um fica recluso em seu camarim esperando a hora de subir ao palco, em o Baile do Simonal todos ficaram reunidos no backstage assistindo ?s apresenta??es dos outros, reverenciando a homenagem ao sambista. "Foi muito emocionante. Al?m da admira??o por Simonal, a gente fez todo o projeto como se fosse um programa dos anos 1960 e acabou sendo uma noite m?gica. Todo mundo se entregou muito".
Sobre qual foi a maior surpresa da grava??o, Max n?o pensou duas vezes para responder: os pagodeiros do Exaltasamba. Para ele, o profissionalismo e a qualidade do conjunto conseguiram despir o p?blico de qualquer preconceito carregado em rela??o ao grupo ao fim da apresenta??o. "Eles s?o muito famosos, fazem muitos shows, e sequer tinham ensaiado conosco, ao contr?rio de todos os outros artistas. A gente estava preocupado com isso. Eles tamb?m tinham um show na mesma noite. Ent?o, vieram de jatinho, gravaram com a gente e j? voltaram para o avi?o para se apresentar em outro lugar. E tocaram perfeitamente".
O irm?o mais velho concordou e adicionou a esta categoria de surpresas Caetano Veloso, cujo esfor?o para estar dentro do projeto foi semelhante ao dos pagodeiros. "Ele gravou um DVD da Ivone Lara e saiu de l? para estar com a gente. Foi muito bacana".
Apresentando alguns dos principais hits de O Baile do Simonal durante o Sonora Live, os irm?os encerraram o programa com uma can??o escolhida pelo p?blico. A escolha n?o poderia ter sido outra: Pa?s Tropical.
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